segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Viver ou Juntar dinheiro?
sábado, 6 de novembro de 2010
Consagrado: reflexo da beleza de Deus.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Passeio Socrático
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Cenáculo: lugar da partilha e de novas descobertas
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Cenáculo: lugar da espera paciente e da realização da promessa
segunda-feira, 28 de junho de 2010
O que é o Cenáculo?
Para que possamos viver o espírito do Cenáculo, proposto por nosso santo fundador Vicente Pallotti, é preciso entender o que isso significou, no passado, para os apóstolos e para a Igreja primitiva, e como podemos experimentá-lo no presente.
Primeiramente a palavra Cenáculo significa: sala da ceia, ou da refeição.
“Jesus enviou Pedro e João, dizendo: Ide e preparai-nos a ceia da Páscoa. Perguntaram-lhe eles: Onde queres que a preparemos? Ele respondeu: Ao entrardes na cidade, encontrareis um homem carregando uma bilha de água; segui-o até a casa em que ele entrar, e direis ao dono da casa: O Mestre pergunta-te: Onde está a sala em que comerei a Páscoa com os meus discípulos? Ele vos mostrará no andar superior uma grande sala mobiliada, e ali fazei os preparativos. Foram, pois, e acharam tudo como Jesus lhes dissera; e prepararam a Páscoa” (Lc 22, 8-13).
A ceia preparada pelos enviados de Cristo foi tão marcante que nunca mais saiu da memória dos participantes, mesmo que muitas coisas, de imediato, não tivessem sido compreendidas. O jantar poderia ter sido igual a tantos outros que aconteciam por ocasião da Páscoa, mas aquele foi muito especial. Jesus tinha percebido que a sua hora tinha chegado e por isso, com muita tranqüilidade, pediu que aquela Páscoa fosse bem preparada, para que ficasse gravada na mente de todos ao longo dos séculos.
Jesus escolheu um lugar espaçoso e acolhedor, longe dos olhares curiosos, para que pudesse se alegrar com seus amigos antes de partir definitivamente deste mundo. Junto aos seus discípulos deu suas últimas instruções. Ele não só jantou com eles, mas fez algo que até então ninguém havia feito antes. Ele tomou o pão e abençoou e disse palavras misteriosas que, à primeira vista, não foram compreensivas: “isto é o meu corpo dado por vós”. Tomou o cálice com vinho, repetiu a benção e disse: “isso é meu sangue derramado por vós. Fazei isto em minha memória” (Mt 26,26-28). Na verdade, o que ficou naquele momento na mente dos discípulos foi apenas uma indagação. O que é realmente isso? O gesto de Jesus só foi compreendido integralmente após sua ressurreição.
Tudo foi muito rápido e sem explicação. Aliás, eles estavam pasmos diante das palavras misteriosas do Mestre. Diante de tamanha novidade, não conseguiram nem mesmo elaborar uma pergunta sequer, porque Jesus sempre os surpreendia com alguma novidade. Eles estavam tão atônitos que nem conseguiam perguntar quem seria o traidor. Acotovelavam-se para que alguém perguntasse quem deles o iria trair. Sobrou para João fazer a pergunta, pois era notória a sua proximidade com o Mestre, e perguntou quem poderia ser (Jo 13,20-26). A resposta deixou-os ainda mais confusos, porque Jesus disse: aquele a quem eu der o pão embebido. Em seguida, molhou o pão e deu-o a Judas. Naquele momento já não havia mais espaço para a lucidez, pois não haviam compreendido nada.
Após a Ceia, Jesus foi ao monte das Oliveiras para rezar e levou consigo alguns dos discípulos (Mt 26,37). Mas naquela noite era difícil ficar concentrado para rezar. Uma voz parecia tomar conta da emoção daqueles que seriam os continuadores da obra iniciada pelo salvador. As palavras da Ceia latejavam em suas mentes e acabaram dormindo. Por várias vezes Jesus voltou de onde estava em oração e os convidou para rezar com ele. Jesus procurou estimulá-los para que pudessem sair daquele torpor, daquela letargia e animosidade. Mas foi em vão. A cabeça estava muito pesada (v. 41-46). A apreensão invadiu de tal maneira o coração deles que não reagiam. Isso prova que a angústia era tamanha que não conseguiam mais pensar em nada. Houve um bloqueio emocional e se desligaram das coisas mais elementares da vida. Só tinham dentro de si pensamentos neurotizantes. O pavor tomou conta das suas mentes. Isso foi até quando apareceu Judas ladeado por soldados fortemente armados para capturar o inimigo da nação. Judas se aproximou daquele com quem há poucas horas tinha feito refeição e desferiu um beijo em seu rosto (v. 47-48.55). Daquele momento em diante o pavor tomou conta dos amigos de Jesus. Cada um foi para um lado (Mc 14, 50). As indagações provenientes da Ceia agora começam a tomar novos contornos. Eles perceberam que tudo estava se aproximando do fim e restou apenas a desolação e os questionamentos. Como será daqui para frente?
Daquele momento em diante, os amigos de Jesus se dispersaram, um deles saiu nu correndo pela escuridão em meio aos olivais salvando-se daquele fatídico acontecimento (v. 51-52). Jesus foi preso e passou por muitas humilhações. Foi levado até às autoridades, foi zombado, interrogado noite adentro, maltratado. Há algumas horas estava rodeado de amigos, agora enfrenta a solidão, a dor e o desprezo. Pedro tentou acompanhar de longe o desfecho, mas como também estava muito atordoado com a situação, não agüentou, diante da pergunta de uma serva, não titubeou, negou ser amigo de Jesus (v. 54.66-70). A sua mente estava bloqueada, os seus sentimentos arrasados, a sua esperança amordaçada. Sobrou apenas tristeza e desolação. A derrota tomava conta do seu interior. Após negar Jesus o galo cantou e um zumbido em seu ouvido, tão rápido como um raio, despertou sua consciência ferida e se recordou das palavras do Mestre: “Tu me negarás três vezes, antes que o galo cante”. Pedro chorou amargamente por se sentir incapaz de ser fiel e por não ter tido a força suficiente para retomar o caminho (v. 72). Jesus saiu da sala do interrogatório e olhou firmemente nos olhos de Pedro. Ele estava abatido, emocionalmente encarcerado, algemado, simplesmente incapaz de ser ele mesmo. Estava irreconhecível. Só lhe restou o pranto.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Os caminhos para restaurar a imagem de Deus em cada pessoa (Reflexão 6)
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Quem sou eu diante de vós? (Reflexão 5)
Olhando para a natureza humana, percebe sua miséria inexprimível e sua grandeza única.
Para conhecer Deus o homem precisa conhecer-se a si mesmo. Antes de tudo, ele precisa saber que foi criado à imagem e semelhança de Deus:
Para conhecer e compreender quem sou eu diante de vós, eu deveria conhecer e compreender a vossa mesma perfeição infinita em todos vós e em todos os vossos infinitos atributos, e também deveria conhecer e compreender a malícia infinita do pecado que ofende a vós que sois infinitamente perfeito: eu fui conhecido no pecado, nasci no pecado e após o santo batismo quantas vezes eu ainda pequei (OOCC X, 469). [HP II, p. 256]
A antropologia apresentada por Pallotti parece ser muito pessimista. Uma coisa é certa, ele não se fazia ilusão a respeito da natureza humana: “Eu sou filho da cólera”, mas, em seguida, acrescenta: “O nascimento pobre e humilde de Jesus Cristo fez de mim o filho de Deus, o amigo de Deus, o herdeiro de Deus, o coerdeiro de Cristo e me cumulou de bens de todas as sortes”.
No Deus, amor infinito, Pallotti escreve: “Vós me concedeis apreciar sempre e estimar a minha alma, como também as de meus próximos”.
Notemos o equilíbrio e o realismo humano e espiritual das perspectivas antropológicas traçadas por Pallotti. O homem é, ao mesmo tempo, uma grandeza única, criada à imagem e semelhança de Deus, o filho de Deus e o herdeiro de Deus, e, ao mesmo tempo, ele é uma miséria inexprimível. Se Pallotti sublinha impiedosamente a corrupção do ser humano, porém, ele o faz para ressaltar melhor o amor infinito e a misericórdia de Deus. Dito de outra maneira, segundo o que ele nos ensina, o ser humano jamais é separável de Deus, assim como sua grandeza e sua miséria são dois aspectos, também eles, inseparáveis. [HP II, p. 257]
Para Pallotti Deus é tudo do ser humano. O ser humano é tudo de Deus. Por ele mesmo, o ser humano não é nada. Em Deus, por Ele e com Ele, é tudo. Esse nada miserável que sou eu, vós o amais, meu Deus. E, apesar de minhas resistências, vós lhe comunicais toda sorte de favores, de dons, de graças, de inspirações. E vós fazeis tudo isso para transforma-me em vós mesmo. É, pois, da consciência do seu nada que Pallotti se abre a caminhos de plenitude. Ele quer fazer cooperar o nada do homem com o tudo de Deus, pois, segundo ele, o homem é um cooperador de Deus. E é por isso que Pallotti nunca separa a questão do homem da questão de Deus. [HP II, p. 259]
Padre Faller afirma que, para entrarmos na espiritualidade de Pallotti, dispomos de duas chaves que só podem ser utilizadas juntas. A primeira é aquela do desejo de ser transformado em Deus de Amor e de Misericórdia infinitos. Mas ela não funciona sem a segunda, aquela da humildade, que leva em conta a matéria a transformar. Dito de outro modo, para compreender Pallotti nós não temos o direito de separar a questão a respeito de Deus: Quem sois Vós daquela a respeito do homem: Quem sou eu. Elas não existem separadamente. Elas são complementares e se enriquecem mutuamente. [HP II, p. 258]
Segundo Pallotti, o orgulho é que impede o ser humano de conhecer-se e de saber quem é ele diante de Deus. Ao contrario, o que o ilumina nele, que procura a estima de si e o conhecimento de si, é a misericórdia de Deus, razão por que, de um lado, Pallotti quer tornar-se um instrumento da divina misericórdia; do outro lado, ele busca a humildade. [HP II, p. 257]
terça-feira, 18 de maio de 2010
Nota oficial da Provincía sobre o Padre Silvio Andrei
A Província São Paulo Apóstolo da Sociedade do Apostolado Católico – palotinos – esclarece que está acompanhando os fatos que originaram a prisão do Padre Silvio Andrei Rodrigues, em Ibiporã (PR).
O Padre Silvio foi libertado na tarde de 17 de maio de 2010, por decisão do Excelentíssimo Juiz de Direito da Vara Criminal de Ibiporã (PR), Dr. Sérgio Aziz Neme, em pedido formulado pelos advogados de defesa do Escritório de Advocacia Walter Bittar.
Os Palotinos esperam que os fatos sejam devidamente apurados dentro dos ditames legais da legislação brasileira e as responsabilidades legais devidamente delimitadas, pelo Ministério Público e Poder Judiciário do Estado do Paraná, que são os órgãos competentes para deliberar sobre os fatos.
As providências internas serão tomadas, como de costume, paralelamente ao cabal esclarecimento dos fatos, em especial com o encerramento da investigação pelas autoridades competentes, com as cautelas de estilo, a fim de evitar julgamentos e ilações precipitadas.
Pe. Julio Endi Akamine
Reitor Provincial
sábado, 15 de maio de 2010
Encontro Vocacional Palotino
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Meu Deus, quem sois vós? (Reflexão 4)
Esse equilíbrio trinitário é admiravelmente apresentado em Deus, o amor infinito.
O mistério de Deus na sua dimensão trinitária servirá a Pallotti como ponto de partida para a sua vida espiritual e, particularmente, para a sua vida de oração. [Horizontes II, p. 252]
Pallotti nos ensina a nos prepararmos para as meditações de cada dia, dizendo: “O Pai que me criou está aqui. O Filho que me resgatou está aqui. O Espírito Santo que me santificou está aqui. Eu estou em companhia das Três Pessoas da Santíssima Trindade! Oh, que companhia![HP, p. 253]
Os resumos de Pallotti sobre Deus são às vezes muito audaciosos. Deslumbrado pelo infinito de seu amor e de sua misericórdia, ele chega ao ponto de dizer: “Perdoai-me, meu Deus, se ouso dizer que para comigo vós sois o enlouquecido de amor e de misericórdia”.
No seu livro de meditação: “Deus, o amor infinito”, expressa sua profunda experiência do amor e da misericórdia de Deus. Ele quer que todos, como ele, sintam essa experiência. Segundo Pe. Kupka, os escritos do nosso Fundador revelam um processo de transformação interior no qual Deus amor infinito se torna gradualmente Deus misericórdia infinita. De fato, para Pallotti a misericórdia é o excesso do amor infinito para com o homem. É a invenção do amor de Deus. Se Pallotti chama misericórdia de excesso de amor infinito de Deus, é porque ele o experimentou. Interessante notar que é nesse contexto que Pallotti se qualifica o prodígio novo da misericórdia, o milagre dos milagres. De fato, a misericórdia de Deus enche completamente o abismo de sua nulidade e transforma sua incapacidade em plenitude de vida. [Horizontes II, p. 254-255]
A experiência da misericórdia terá, na vida do Padre Vicente, duas consequências fundamentais: O renascimento interior e a abertura apostólica:
1- Renascimento interior: já que a nova vida de Pallotti será inteiramente um fruto da misericórdia, e não um resultado de seus próprios esforços;
2- E abertura apostólica: o miserável se fará o apóstolo da misericórdia. Pallotti deixar-se-á atuar, para ele também atuar. É a passagem mística do nada ao todo. É igualmente a passagem do amor à misericórdia, isto é, ao amor que age e faz do místico um apóstolo! [Horizontes II, p. 255]
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Cristo é o nosso fundamento (Reflexão 3)
Do modelo divino, o que devia aprender-se principalmente era o hábito de rezar e a escolha do local e do tempo oportuno: “Levantou-se, quando ainda era escuro, e, saindo de casa, retirou-se para um lugar deserto e, lá, rezava” (Mc 1,35).
Este exemplo era, para Pe. Vicente Pallotti, de tal modo obrigatório, que ele, rigorosamente, sabia reservar-se horário determinado para oração e meditação. Reparava em outros exemplos de Jesus, que reza e convida a rezar, especialmente a oração no deserto, no cenáculo, no horto de Getsêmani e na cruz. (Faller. As Orações, p. 50-51).
Segundo Pallotti, o nosso único fim é a glória de Deus e a salvação da alma; para salvá-la é necessária a graça e, para alcançar esta graça é necessária a contínua oração e a frequencia dos santos sacramentos.
Pallotti está convencido de que o tempo consagrado a Deus, na oração, aproveita a todos. Mais: está convencido da verdade que vem expressa na sentença: Pedi o que é grande e vos será dado também o que é pequeno. Acima de tudo, o santo está solícito por que a pia intenção e oferecimento, repetidos mais vezes durante o dia, se tornem atitude constantemente, alimentada pelo espírito de fé. Isto elimina os obstáculos e faz a gente crescer no espírito de oração, de forma que a criatura se vá tornando divinizada. (Faller, p. 59, n. 27).
Em princípio, a sua oração é dirigida ao Pai, no Espírito Santo, pelo Verbo encarnado. “Identifica-me todo a ti, para que eu não seja mais eu, para que nada de mim haja em mim, para que só tu estejas em mim”. Isto significa que, de um lado, Deus espiritualiza toda a vida passada, presente e futura e, de outro lado, cresce a sede de a gente ser sempre mais semelhante a Deus. (Faller, p. 61)
sábado, 1 de maio de 2010
Encontro Pessoal com Jesus Cristo - 2
“Porque és precioso a meus olhos, porque eu te aprecio e te amo, permuto reinos por ti, entrego nações em troca de ti. Vós sois minhas testemunhas, diz o Senhor, e meus servos que eu escolhi, a fim de que se reconheça e que me acreditem e que se compreenda que sou eu. Nenhum deus foi formado antes de mim, e não haverá outros depois de mim. Fui eu, sou eu o Senhor, não há outro salvador a não ser eu” (Is 43,4.10-11).
Não quero que você pertença a ídolos mortos, que além de não salvar você, ainda pode levá-lo a um caminho de morte.
Fico pensando nos ídolos modernos, Michael Jackson, por exemplo, que decepção, que decadência, que infelicidade. Teve uma morte mais inglória, como tantos ídolos, mas está cheio de gente querendo imitá-lo. De fato é um ídolo, porque os ídolos não têm poder de conduzir à vida plena, diz o Salmo:
“Ó Senhor, vosso nome é eterno! Senhor, vossa lembrança passa de geração em geração, pois o Senhor é o guarda de seu povo, e tem piedade de seus servos. Os ídolos dos pagãos não passam de prata e ouro, são obras de mãos humanas. Têm boca e não podem falar; têm olhos e não podem ver; têm ouvidos e não podem ouvir. Não há respiração em sua boca. Assemelhem-se a eles todos os que os fizeram, e todos os que neles confiam. Casa de Israel, bendizei o Senhor; casa de Aarão, bendizei o Senhor; casa de Levi, bendizei o Senhor. Vós todos que o servis, bendizei o Senhor (Sl 134,13-20).
Com a encarnação do Verbo, rompeu-se a separação que havia entre o céu e a terra, entre Deus e os seres humanos. Ele assumiu nossa humanidade para ser o Deus conosco. A sua presença nos surpreende, porque ele nos trata como amigos. Ele foi amigo dos pobres e dos pecadores. Ele confessa publicamente que não nos aceita subjugados, como escravos: “Eu não vos chamo servos, mas amigos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor” (Jo 15,15).
Vejam! como é diferente esse nosso encontro com Ele. Não é um encontro qualquer, porque Ele não é um ídolo, é uma Pessoa, é uma Presença: “Ele está no meio de nós”. É o Deus que se fez carne e mora no meio de nós. Ele escuta os nossos clamores.
“Parai, disse ele, e reconhecei que sou Deus; que domino sobre as nações e sobre toda a terra. Está conosco o Senhor dos exércitos, nosso protetor é o Deus de Jacó” (Sl 45, 11-12).
“Reconhecei agora: eu só, somente eu sou Deus, e não há outro além de mim. Eu extermino e chamo à vida, eu firo e curo, e não há quem o arranque da minha mão” (Dt 32,39).
“Como poderia eu abandonar-te, ó Efraim, ou trair-te, ó Israel? Como poderia eu tratar-te como Adama, ou tornar-te como Seboim? Meu coração se revolve dentro de mim, eu me comovo de dó e compaixão. Não darei curso ao ardor de minha cólera, já não destruirei Efraim, porque sou Deus e não um homem, sou o Santo no meio de ti, e não gosto de destruir” (Os 11,8-9).
quarta-feira, 28 de abril de 2010
O Encontro Pessoal com Jesus Cristo – 1
Quando falamos de encontrar alguém importante, o nosso coração acelera e fica cheio de expectativas e de interrogações: como será ele? O que ele vai dizer para mim? Como devo me comportar diante dele? O que quero dizer para ele? Será que vou suportar tanta emoção?
São muitas as coisas que passam pela nossa cabeça, e quando realmente chega a hora só conseguimos dizer, eu sou seu fã, você é meu ídolo, eu amo você. E essa marca fica para o resto da vida. Eu estive com ele, e agora ele passa a fazer parte da minha vida. Sua fotografia ocupará o espaço mais nobre da parede da sala ou do quarto; quer mostrar para todos. Eu consegui chegar perto dele.
Fico imaginando, como deveria ser o nosso encontro com Jesus. Como deveria ser a nossa preparação para nos dirigirmos até Ele, pois estamos diante daquele que doou sua vida para nos salvar. Ele é o próprio Deus em pessoa. Foi Ele quem deu o primeiro passo em direção a mim, para me dizer, eu quero você do meu lado, eu quero apagar o seu pecado, você é meu, você me pertence:
“Tu és meu servo, eu te escolhi, e não te rejeitei; nada temas, porque estou contigo, não lances olhares desesperados, pois eu sou teu Deus; eu te fortaleço e venho em teu socorro, eu te amparo com minha destra vitoriosa. Pois eu, o Senhor, teu Deus, eu te seguro pela mão e te digo: Nada temas, eu venho em teu auxílio” (Is 41,9.10.13).
Deus diz ainda: “Eu, o Senhor, chamei-te realmente, eu te segurei pela mão, eu te formei e designei para ser a aliança com os povos, a luz das nações; para abrir os olhos aos cegos, para tirar do cárcere os prisioneiros e da prisão aqueles que vivem nas trevas. Eu sou o Senhor, esse é meu nome, a ninguém cederei minha glória, nem a ídolos minha honra (Is 42,6-8).
quarta-feira, 21 de abril de 2010
No dia da festa do nascimento de PALLOTTI
“Quanto mais uma alma deseja a própria santificação, tanto mais a recebe da torrente da divindade, e... se não te tornares santo, isto estará acontecendo somente porque não desejas sinceramente a tua santificação.”
terça-feira, 13 de abril de 2010
Viver só para Deus
(S.V. Pallotti. Propósitos e aspirações, p. 179).
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Aparições do Ressuscitado
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Voz do Coração
Pasquela - Confraternização de páscoa do Teologado
FOI UM DIA MUITO ESPECIAL DE CONVIVÊNCIA E LAZER ENTRE A COMUNIDADE DO TEOLOGADO DE LONDRINA E O NOVICIADO DE CORNÉLIO PROCÓPIO.
terça-feira, 6 de abril de 2010
A VIDA VENCEU...
sábado, 27 de março de 2010
Pensamento da Semana
Extraído da "Carta a um jovem teólogo"
sexta-feira, 26 de março de 2010
A presença palotina na Bahia
Reflexão do Dia
quinta-feira, 25 de março de 2010
Festa da Anunciação -- AVE, CHEIA DE GRAÇA! O SENHOR ESTÁ CONTIGO!
A Anunciação do anjo à Maria marca o início da Redenção humana. Com seu “sim”, Maria divide a história da humanidade em antes e depois, em velho e novo. Ao aceitar o projeto de Deus, Maria se insere definitivamente na aliança de Deus com seu povo: através dela o Filho de Deus se fará homem e se fará presente e atuante em seu tempo e por toda a eternidade.
Com sua atitude, Maria torna-se co-redentora, participando do resgate da humanidade em direção ao coração de Deus. Através de Maria Deus se fará homem e na vida terrena experimentará o limite da condição humana para revelar-Se Pai amoroso, Filho amado, Espírito amante.
Com a festa da Anunciação a Nossa Senhora, a Igreja quer celebrar esse momento único em que Cristo começa a ser gerado no ventre de Maria. A jovem, que questiona o anjo por não entender como tal coisa poderia acontecer já que não conhecia homem, consegue perceber nas palavras do mensageiro a certeza de Deus e Sua verdade. Assim, abre seu coração e seu corpo ao extraordinário, àquilo que assombrará a humanidade por gerações: ser corpo virgem gerará uma vida – mistério insondável de Deus, revelação suprema de Seu poder em tornar possível o impossível aos olhos humanos.
Possamos com essa festa nos abrir ao extraordinário, aceitar com gratidão o projeto de Deus sabendo-nos partícipes da construção de um novo estado de coisas e, sobretudo, testemunhar que desde aquele dia comum, na pequena cidade de Nazaré da Galiléia, o próprio Deus está presente no meio da humanidade.
Especificamente neste ano de 2008, a Igreja celebra a Festa da Anunciação no dia 31 de março porque o dia 25 ocorreu na semana subseqüente à Páscoa, quando são celebradas as Oitavas Pascais, tempo litúrgico próprio, não cabendo comemorar durante ele qualquer outra festa.
Textos litúrgicos da Festa1ª leitura – Is 7, 10-14; 8-102ª Leitura – Hb 10, 4-10Evangelho – Lc 1, 26-38
quarta-feira, 24 de março de 2010
A vivência da CASTIDADE
"Seria uma coisa horrenda que, nas casas da União, houvesse um só que não pertencesse a Jesus Cristo e que sobretudo nele faltasse a perfeita mortificação da carne. Por isso, todos são OBRIGADOS a viver em PERFEITA CASTIDADE nas casas da União".
Peçamos ao Senhor a graça de sermos castos no corpo e no espírito.
São Vicente Pallotti, rogai por nós!!!
terça-feira, 23 de março de 2010
Padres e Pedófilos
"O jornalismo preguiçoso deveria separar a histeria anticatólica da verdade criminal", escreve João Pereira Coutinho em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, 23-03-2010. Ele escreve: "Sejam sinceros: quando existem escândalos sexuais na Igreja Católica, eles não são apenas escândalos sexuais pontuais e localizados. Esses escândalos, que existem em todo o lado (e em todas as denominações religiosas), bebem diretamente no patrimônio literário e anticatólico do Ocidente".
Eis o artigo.
Estamos sempre a aprender: vocês sabem como se diz "bastardo" em língua germânica? "Pfaffenkind." Ou, em tradução literal, "o filho do padre". As curiosidades não acabam aqui: ainda na Alemanha protestante, a expressão coloquial para designar a frequência de bordéis era "agir como um bispo".
É claro que não precisamos viajar até a Alemanha para encontrar esse glorioso imaginário em que membros do clero (católico) se entregam à lascívia. De Chaucer a Boccaccio, passando pelos textos centrais do Iluminismo continental (a "Religiosa", de Diderot; o "Émile", de Rousseau; as múltiplas mediocridades de Sade), o padre não é simplesmente o pastor espiritual em missão evangélica.
O padre é o "fornicador" incansável, sempre disposto a atacar donzelas virgens ou mulheres casadas. Sem falar do resto: o lesbianismo das freiras, a sodomia entre monges e a tortura física por que passa o seminarista casto, que se fustiga com prazer masoquista para compensar uma dolorosa ausência de fêmea (ou de macho).
Sejam sinceros: quando existem escândalos sexuais na Igreja Católica, eles não são apenas escândalos sexuais pontuais e localizados. Esses escândalos, que existem em todo o lado (e em todas as denominações religiosas), bebem diretamente no patrimônio literário e anticatólico do Ocidente.
O caso é agravado pela arcana questão do celibato. No mundo moderno e hipersexualizado em que vivemos, o celibato não é visto como uma opção pessoal (e espiritual) legítima e respeitável. O celibato só pode ser tara; só pode ser um convite ao desvio; só pode ser pedofilia. Esses saltos lógicos são tão comuns que já nem horrorizam ninguém.
Ou horrorizam? Philip Jenkins é uma exceção e o seu "Pedophiles and Priests: Anatomy of a Contemporary Crisis" (Oxford, 214 págs.) é o mais exaustivo estudo sobre os escândalos sexuais que sacudiram a Igreja Católica nos Estados Unidos durante a década de 1990.
Jenkins não nega o óbvio: que existiram vários abusos; e, mais, que as autoridades eclesiásticas falharam na detecção ou denúncia dos mesmos.
Porém, Jenkins é rigoroso ao mostrar como os crimes foram amplificados de forma desproporcionada com o objetivo de cobrir toda a instituição com cores da infâmia.
Padres católicos cometem crimes sexuais? Fato. Mas esses crimes, explica Jenkins, existem em proporção idêntica nas outras denominações religiosas (e não celibatárias). A única diferença é que, sendo o número de padres católicos incomparavelmente superior ao número de pastores de outras igrejas; e estando os crimes de pedofilia disseminados pela população adulta, será inevitável que exista um maior número de casos entre o clérigo católico.
Como explicar, então, que as atenções mediáticas sejam constantemente voltadas para os suspeitos do costume?
Jenkins não é alheio à dimensão "literária" do anticatolicismo ocidental; muito menos à hipersexualização moderna, que vê na doutrina sexual da igreja um anacronismo e, em certos casos, uma ameaça.
Mas o autor vai mais longe e revela como a amplificação dos crimes é, muitas vezes, promovida por facções dissidentes dentro da própria Igreja Católica que esperam assim conseguir certas vitórias "culturais" (o fim do celibato, a ordenação de mulheres para o sacerdócio etc.) pela disseminação de uma imagem de corrupção endêmica. "A maior ameaça à sobrevivência da igreja desde a Reforma", escreve Jenkins, citando as incontáveis reportagens que repetiam essa bovinidade.
Isso significa que os crimes das últimas semanas na Europa podem ser desculpados ou justificados? Pelo contrário: esses crimes não têm desculpa nem justificação. E é de saudar que o papa Bento XVI, em atitude inédita, tenha escrito uma carta plena de coragem e dignidade ao clérigo irlandês, condenando os abusadores, pedindo perdão às vítimas e esperando que a justiça faça o seu caminho.
Mas não é apenas a justiça que tem de fazer o seu caminho. O jornalismo preguiçoso também deveria trilhar o seu, separando a histeria anticatólica da verdade criminal.
Um contributo: para ficarmos no país de Ratzinger, existiram na Alemanha, desde 1995, 210 mil denúncias de abusos a menores. Dessas 210 mil, 300 lidaram com padres católicos. Ou seja, menos de 0,2%. Será isso a maior ameaça à sobrevivência da igreja desde a Reforma?